SimCity volta depois de 10 anos com nova engine GlassBox

Gus Fune
Por
• Atualizado há 4 dias
Captura de tela do trailer do novo SimCity | Clique para ampliar

Direto da GDC, São Francisco (EUA) — Na noite de terça (6) a Maxis e a EA anunciaram a volta de SimCity depois de 10 anos. O anúncio incluiu também a primeira apresentação de sua nova engine de simulação chamada GlassBox. Estive hoje na apresentação detalhada da engine e pude conferir de perto as novidades.

A GlassBox surgiu da necessidade de criar uma simulação que pudesse ser usada nos dois principais títulos de simulação da Maxis: The Sims e SimCity. Com isso eles esperam conseguir produzir com mais rapidez grandes atualizações (e expansões) para seus games e em diversas plataformas. Uma delas que deve ganhar investimento pesado da Maxis deve ser a dos tablets.

Outro ponto interessante é a engine funcionar totalmente em 3D. Diferente dos títulos anteriores que usava muita animação pré-definida, tudo vai ser dinâmico nessa nova versão do simulador de cidades. Ao demolir um prédio, ele realmente desmorona com blocos e com uma simulação de física por trás. Também foi falado sobre melhor uso de recursos de memória e CPU. “Não esperem que um carro ou uma pessoa andando na rua desapareça do nada, esperamos fazer uma simulação coerente dessa vez”, disse um dos produtores na palestra da GDC.

O conceito por trás da GlassBox também é de permitir que o time de desenvolvimento crie diversas regras, em qualquer nível de complexidade e a engine coordene todas essas regras no que eles chamam de Box (caixa), que seria o jogo em si. Um exemplo que foi dado foi em relação ao crescimento da grama nos mapas do jogo. Em regiões poluídas, ou sem água, ou ainda sem nutrientes, vai existir menos grama, ou quase nenhuma, dando um nível gigantesco de realismo.

Confira com seus próprios olhos no trailer do SimCity 5 logo abaixo.

https://www.youtube.com/watch?v=kztNWdhRdnw
(Vídeo no YouTube)

Um dos pontos marcantes nas versões anteriores de SimCity é a visualização de estatísticas. Gráficos e indicadores pra dizer se o tráfego é pesado, poluição, tamanho da população, etc. A ideia com o GlassBox é o conceito de “What you see is what you sim” (o que você vê, é o que é simulado). No lugar de gráficos para dizer se uma rua tem problemas de trânsito, mais carros vão aparecer, até a rua não andar mais. Se um bairro industrial emite muita poluição, vai ser notória a fumaça negra pairando naquela região.

A complexidade da simulação vai mais além, foi mostrado um mapa em que a poluição estava perto dos recursos de água. Por conta disso, a água da cidade fica poluída, consequentemente deixando os habitantes doentes e causando outros estragos na economia da região.

O aspecto online vai estar bastante presente no game. Na apresentação foi mostrado que seu jogo vai ser salvo na nuvem, em servidores da EA. Com isso, o jogador poderá jogar de qualquer lugar. Embora não tenham entrado em detalhes, presume-se que será possível continuar o jogo em um tablet, smartphone ou seja lá qual dispositivo você tiver em mãos.

Como foi visto, realismo na simulação vai ser um ponto bem importante em SimCity. O game chega em 2013 e por enquanto está confirmado apenas para PC, mas como falei acima, podemos esperar em outras plataformas em breve. E ficou bem claro que não vai demorar até anunciarem a próxima geração de The Sims usando essa mesma tecnologia.

Receba mais notícias do Tecnoblog na sua caixa de entrada

* ao se inscrever você aceita a nossa política de privacidade
Newsletter
Gus Fune

Gus Fune

Ex-redator

Gus Fune é formado em Comunicação Social e pós-graduado em desenvolvimento e design de Games. No Tecnoblog, cobriu eventos como Electronic Entertainment Expo (E3), Game Developer Conference (GDC) e South by Southwest (SXSW) e escreveu sobre esse universo. Atua, hoje, como diretor de tecnologia e assessor, mas já esteve em projetos de empresas como 3M e Motorola.

Canal Exclusivo

Relacionados